quinta-feira, 27 de agosto de 2015

MELQUISEDEQUE


O nome Melquisedeque significa Rei de Justiça. Esse personagem é inserido de forma muito misteriosa nas Escrituras. E mais misterioso ainda é o seu desaparecimento.

Mas o mistério toma elevadas proporções quando o seu sacerdócio é apresentado como eterno, segundo o Livro aos Hebreus.

Rei de Salem, antigo nome da cidade de Jerusalém, e sacerdote do Deus Altíssimo.
Recebeu o dízimo de Abraão, quando este voltou vitorioso da guerra contra Quedorlaomer (Gn 14.18-20).

É assim que Melquisedeque entra na história, como alguém maior que o pai da nação hebraica. Maior que o pai da fé.

E a Bíblia continua fazendo relações entre Melquisedeque e Cristo:
Jesus é sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque (Sl 110.4, Hb 5.10).
e não segundo a ordem levítica (Hb 6.20)

Em Hebreus capitulo 7 vemos a superioridade do sacerdócio de Melquisedeque e sua relação estreita com o sacerdócio de Cristo. A relação de proximidade dos dois homens é tanta que temos dificuldade em interpretar o texto separando uma pessoa da outra, a ponto do versículo 3 afirmar:

“que não teve princípio de dias, nem fim de existência,
entretanto feito semelhante ao Filho de Deus”.

Não há outra saída senão, assumir que Cristo e Melquisedeque são a mesma pessoa!

Melquisedeque não é um mito, nem uma visão de Abraão, muito menos governador de Agharta.

Alguns teólogos concordam em afirmar que Melquiseque era uma teofania do Cristo pré encarnado.

Mas o texto de Genesis e o texto de Hebreus trata Melquisedeque como um ser humano real.

O Cristo pré encarnado seria uma forma espiritual, e como forma espiritual o sacerdócio não poderia ser reclamado.

Como um espírito reclama um sacerdócio no mundo físico?

Melquisedeque é o próprio Jesus, que em uma de suas ‘sumidas’ estratégicas, enquanto buscava a solidão dos montes para se dedicar à oração, entrou numa das fendas do tempo
e visitou Abraão, levando pão e vinho.

Pessoalmente Jesus celebrou com o Amigo de Deus uma ceia semelhante à que foi celebrada com seus discípulos no cenáculo: “este é o meu corpo e este é o meu sangue”.


É em Abraão, alguém superior a Levi, que o sacerdócio eterno tem sua via de legalidade entre os homens.

Melquisedeque transfere a Abraão a unção do sacerdócio eterno para ser aplicada no tempo.

O sacerdócio de Melquisedeque não pertence a essa dimensão. Melquisedeque é o sacerdote que entra no Santuário Celeste.

Cristo viaja no tempo, encontra Abraão. Recebe o dizimo, celebra a ceia e delega à geração de Abraão a legalidade do sacerdócio terreno. Certa vez em um de seus discursos Jesus relembra esse maravilhoso dia:


“vosso Pai Abraão alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se” (Jo 8.56).

---

Pr. César de Aguiar

https://www.facebook.com/teolovida




Nenhum comentário:

Postar um comentário